
Joana Amaral Dias anunciou esta segunda-feira, em Lisboa, a sua candidatura à Presidência da República. Num comício na Praça do Martim Moniz, perante algumas dezenas de apoiantes, lançou críticas severas a Henrique Gouveia e Melo e alertou para o que considera estar em causa: “nem mais nem menos do que a pátria”.
Críticas ao sistema e apelo à mudança
Desde o início, o discurso da candidata foi marcado por um tom combativo. De forma direta, Joana Amaral Dias classificou Gouveia e Melo como “o expoente máximo do pior do sistema”, acusando-o de estar “ao serviço dos falcões da guerra e da indústria das armas”.
Além disso, considerou-o contraditório: “Diz-se pró-vida, mas é o candidato pró-morte.” Por outro lado, apontou também o dedo a Luís Marques Mendes e António José Seguro, referindo que estes não fazem frente ao ex-Chefe do Estado-Maior da Armada porque estão, alegadamente, condicionados “pela mesma agenda”.
Consequentemente, a candidata sustentou que os portugueses estão sem verdadeira escolha. Por isso, apresentou-se como uma alternativa real, fora do que considera ser o “bloco central travestido”.
“Portugal está bloqueado. Cabe-nos restaurar e resgatar o país. Estou aqui porque não há outra opção”.

Propostas focadas na soberania e no Estado social
Sob o lema “Pão, Paz e Liberdade”, Joana Amaral Dias defendeu um conjunto de propostas que, segundo afirmou, visam recuperar a soberania nacional. Entre elas, destacou:
- O reforço do Serviço Nacional de Saúde;
- A promoção da natalidade e o combate ao inverno demográfico;
- Uma auditoria às contas do Estado para eliminar despesas supérfluas;
- O desenvolvimento da ligação ferroviária com a Europa;
- E o enfrentamento dos três maiores lóbis mundiais: farmacêutico, alimentar e da saúde.
Além disso, prometeu usar o seu magistério de influência para valorizar a cultura, a portugalidade e a língua portuguesa, que descreveu como “base civilizacional”. Por fim, apelou aos eleitores ainda não comprometidos, afirmando com confiança: “Se chegar à segunda volta, vou ganhar.”
As eleições presidenciais estão marcadas para 2026. A saber, estão já confirmadas as candidaturas de Gouveia e Melo, Marques Mendes, António José Seguro e, agora, Joana Amaral Dias.