
“Não podemos pactuar com a degradação da política. É tempo de mudar”
A corrida à Presidência da República já começou, e Luís Marques Mendes apresenta-se como candidato de todos os portugueses, incluindo os que vivem no estrangeiro. Em entrevista à LusoPress, destacou principalmente a importância da comunidade emigrante e os desafios que enfrenta.
Fortalecer a ligação com a diáspora
Para Mendes, Portugal é uma nação global. Em primeiro lugar, recordou a sua contribuição para a criação da RTP Internacional e a revisão constitucional de 1997, que permitiu o voto dos emigrantes nas presidenciais. Por outro lado, como Presidente, compromete-se a reforçar a relação com a diáspora e a aproximar as novas gerações da identidade portuguesa. Defende uma política baseada em afeto e proximidade, e não apenas em medidas legislativas.
Voto eletrónico e desburocratização
Mendes é a favor do voto eletrónico para emigrantes. Acredita que a burocracia é um entrave desnecessário e que a digitalização pode facilitar o processo. Apesar de o Presidente não ter poderes executivos, promete ser uma voz ativa na defesa da modernização do sistema eleitoral.
Política de imigração equilibrada
Outro dos assuntos abordados foi a política de migrações de Portugal no contexto global. Defende que Portugal precisa de imigrantes para combater o declínio demográfico e suprir a falta de mão de obra. Para Mendes, a imigração deve ser regulada, garantindo integração e direitos, refletindo os valores que Portugal sempre reivindicou para os seus emigrantes.
Transparência e qualidade na política
Foi o primeiro a oficializar a candidatura, acreditando que pode contribuir para um Portugal melhor. Denuncia a falta de decência na política e defende uma reforma do sistema eleitoral para garantir maior transparência. Mendes quer um Presidente ativo, que pressione os partidos por uma política mais ética e ambiciosa.
Com uma postura firme, Luís Marques Mendes apela, por fim, à mudança na política portuguesa, propondo maior ligação com a diáspora, modernização do sistema eleitoral e um compromisso ético com a democracia. “Não podemos pactuar com a degradação da política. É tempo de mudar.”