
Trancoso assinalou o feriado municipal no dia 29 de maio, com uma agenda dedicada à história local e ao reconhecimento dos cidadãos. Ademais, o concelho celebrou os 639 anos da Batalha de Trancoso, travada em 1385, com várias iniciativas abertas à comunidade.
Logo pela manhã, o hastear da bandeira nacional decorreu junto ao Convento de São Francisco. A seguir, o presidente da câmara recebeu as entidades oficiais no Posto de Turismo.

Depois, o Pavilhão Multiusos acolheu a homenagem a funcionários aposentados da autarquia, a antigos e atuais autarcas e vogais das Juntas de Freguesia. O Secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, marcou presença na cerimónia.
À tarde, a tradição falou mais alto. O Cortejo Cívico percorreu a cidade até ao Planalto de São Marcos. Ali, decorreu a homenagem aos combatentes da batalha. O Exército Português participou na cerimónia. Além disso, houve uma recriação histórica do confronto com as tropas castelhanas. No final, as crianças receberam pão e laranjas, tal como manda a tradição.
Presidente valoriza proximidade e trabalho feito
Durante o evento, o presidente da câmara, Amílcar Salvador, falou à LusoPress. O autarca destacou a diferença entre eleições nacionais e locais. Segundo ele, os cidadãos sabem distinguir os contextos:
“O povo escolhe projetos e líderes diferentes. As legislativas são uma coisa, as autárquicas são outra.”
Além disso, Salvador rejeitou a ideia de que Trancoso dependa da emigração. Sublinhou a importância de governar com proximidade:
“Quem vota são os que cá estão. O essencial é que os concelhos avancem, façam obras e resolvam problemas. Devemos estar ao lado das pessoas, sobretudo dos que mais precisam.”
Identidade, memória e futuro
O feriado municipal de Trancoso reforçou o sentimento de pertença e o orgulho na história local. A autarquia pretende manter viva a memória da batalha e, ao mesmo tempo, construir um concelho mais coeso e desenvolvido.