
Virgílio José Vaz dos Santos nasceu em 1969, na pequena aldeia de Pinela, no concelho de Bragança. Desde cedo, a sua vida foi marcada pelo avô, com quem viveu até aos 10 anos. Foi ele quem lhe transmitiu os valores fundamentais que ainda hoje orientam o seu percurso. Assim, apesar de ter deixado Portugal muito jovem, Virgílio nunca esqueceu as suas origens.
Posteriormente, já em França, iniciou a sua carreira na mecânica, área onde trabalhou durante seis anos. Entretanto, após cumprir o serviço militar, surgiu uma nova oportunidade profissional, desta vez na área dos vidros automóveis. Durante três anos trabalhou com um patrão, até que, face às dificuldades da empresa, decidiu avançar com um projeto próprio.
Por conseguinte, fundou, com antigos colegas, uma empresa dedicada ao mesmo setor. Contudo, desde 2009, gere o negócio sozinho. “Ser patrão de mim próprio era um sonho de infância, e hoje posso dizer que o concretizei”, afirma.
Apesar de estar bem integrado na sociedade francesa — “sinto-me aqui como se estivesse em Portugal” — Virgílio mantém um forte vínculo com a sua terra. Além disso, participa ativamente nas atividades da associação de Vincennes, onde reside. Todos os anos apoia a festa local, chegando mesmo a custear a atuação do artista convidado.
Virgílio afirma com firmeza: “Ser português é a melhor coisa do mundo. O nosso país é o mais bonito que existe.” Vai a Portugal sempre que pode — no ano passado, chegou a ir sete vezes — e tem como sonho regressar definitivamente. “Desejo voltar a Portugal, se conseguir, é lá que quero terminar a minha vida.”
Aos portugueses espalhados pelo mundo, deixa um apelo sentido: “Que continuem unidos e que nunca deixem de pensar na nossa terra. Portugal é a coisa mais bonita que temos.”
Em suma, Virgílio Santos é um exemplo de resiliência, dedicação e amor à pátria. Sonha, um dia, voltar definitivamente. Até lá, continuará a viver com Portugal no coração.