
Natural de Valongo, no distrito do Porto, Antero Almeida nasceu a 22 de setembro de 1965 no seio de uma família humilde. Desde muito jovem, aprendeu o valor do trabalho e da persistência. “Fiquei sem pai muito cedo. Éramos oito irmãos e, com apenas 12 anos, tive de começar a trabalhar para ajudar em casa”, recorda.
O seu percurso foi feito de esforço contínuo. Começou como pintor de automóveis, passou pela construção civil e, mais tarde, dedicou-se à serralharia. “Aos 16 anos entrei na serralharia e, aos 18, já era encarregado da empresa”, conta com orgulho.
Com espírito empreendedor, Antero percebeu cedo que queria seguir o seu próprio caminho. Assim, aos 22 anos, criou a sua primeira empresa em nome individual como armazenista de ourivesaria. Contudo, não ficou por aí. Em 1999, fundou a Valongouro, uma indústria de ourivesaria sediada na cidade de Valongo, que este ano celebra 24 anos de existência.
Ao longo das últimas décadas, Antero procurou inovar continuamente, introduzindo tecnologias modernas como máquinas CNC, lasers e prototipagem 3D, sem nunca esquecer a tradição manual e artística da ourivesaria portuguesa. “Apesar da inovação, mantenho o lado tradicional, nomeadamente a filigrana certificada em ouro e prata”, sublinha.
“Tenho muito orgulho em ser português. Nada me tira daqui”
O seu trabalho distingue-se não só pela qualidade técnica, mas também pela ligação a clientes particulares, empresas, instituições públicas e museus, tanto na produção como na recuperação de peças de valor histórico.
Antes de tudo, Antero orgulha-se profundamente das suas raízes. “Tenho muito orgulho em ser português. Nada me tira daqui”, afirma. Além disso, tem um forte compromisso social: “Quase todos os dias faço uma boa ação. Sempre que há eventos para ajudar instituições, estamos lá”.
Para Antero Almeida, o sucesso não se deve à sorte. “A sorte dá muito trabalho”, afirma com convicção. Por outro lado, reforçou o seu percurso, feito de luta, honestidade e dedicação. “Quando se quer algo, é preciso lutar e trabalhar. Não há outra fórmula.”
Hoje, sente-se realizado. Contudo, continua a olhar para o futuro com a mesma determinação e paixão que o trouxeram até aqui.