Sexta-feira, Maio 23, 2025
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PV 2025: Alexandre Barreira (nomeado)

Alexandre Barreira está nomeado aos PV 2025. Tem orgulho de ser português, de pertencer a um povo bem-sucedido e espalhado por todo o lado
PV 2025: Alexandre Barreira (nomeado)

Nascido em 1963 na vila do Soajo, no concelho de Arcos de Valdevez, Alexandre Barreira cedo conheceu o que é mudar de rumo. Com apenas dois anos de idade, mudou-se para Lisboa, cidade onde cresceu, estudou e começou a moldar a sua identidade. Desde tenra idade, demonstrava já um espírito empreendedor. Como relembra, “brincava com os amigos na rua, jogávamos futebol numa equipa criada por nós, e até editávamos um jornal à máquina”.

A decisão de emigrar e as primeiras oportunidades

Aos 17 anos, seguindo o exemplo do irmão, emigrou para França. A decisão, embora difícil, revelou-se determinante. Já casado, com a esposa também em solo francês, começou por trabalhar na construção civil. Contudo, foi num laboratório de fotografia que surgiu uma viragem inesperada: foi convidado a colar fotografias para exposições. “Aproveitei a oportunidade e permaneci ali durante 12 anos”, explica.

Entretanto, por acaso, descobriu uma rádio portuguesa ao tentar sintonizar algo familiar. Ganhou um passatempo e foi pessoalmente à Rádio Lusitana levantar o prémio. Foi aí que tudo começou: “Propuseram-me fazer um resumo semanal das notícias de Portugal. Depois disso, fui convidado para apresentar espetáculos e entrevistar artistas”.

Foi assim que, antes mesmo das redes sociais, Alexandre se tornou um elo de ligação entre associações e artistas. Os contactos multiplicavam-se e o seu papel ganhava visibilidade.

Da informalidade à profissionalização

Durante cerca de cinco anos, manteve esta atividade de forma informal, enquanto acumulava funções. No entanto, após uma fiscalização num espetáculo, percebeu a necessidade de oficializar o seu trabalho. Pediu a licença de agente artístico (n.º 1030) em França e fundou a empresa Cais dos Artistas. Mais tarde, criou também a empresa O Quai des Artistes, em França, e uma estrutura em Portugal.

Sonhos concretizados e paixão pela música

Desde criança, Alexandre sonhava com a música. “Queria ser baterista, estudei no Conservatório Nacional, e até joguei andebol no Sporting e na Seleção Nacional, mas acabei por escolher o casamento e a emigração.” A vida levou-o por outros caminhos, mas nunca se afastou da música. “Trabalhar na produção do espetáculo de Roberto Carlos, em Paris, foi um sonho realizado”, partilha.

Além da vertente empresarial, Alexandre Barreira destaca-se pelo seu compromisso com a solidariedade. Em 2000, organizou um megaevento em Saint-Denis, que juntou cinco mil pessoas e angariou 70 mil euros para as vítimas dos incêndios em Ourém. “Sempre ajudei quando posso, e continuo a fazê-lo, participando por exemplo no Téléthon”, afirma.

Orgulho português e o regresso às raízes

Hoje vive em Braga, mas continua a gerir e promover eventos em França e em outros países com comunidades lusófonas. Para ele, ser português é motivo de enorme orgulho: “O português é um povo bem-sucedido e respeitado em todo o mundo. E costumo dizer que o português no estrangeiro é muitas vezes mais português do que aquele que vive cá.”

Conclui com uma mensagem direta: “Desejo saúde a todos os emigrantes e, sempre que possível, que regressem a Portugal. Este é o país onde devemos terminar a nossa vida.”

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