Alberto Mota Borges nasceu no Canadá, em Toronto. Os pais eram emigrantes, mas regressaram às origens, cedo. Apesar de ter vivido alguns anos no estrangeiro, confessa que a sua matriz de funcionamento é portuguesa” e do Canadá trouxe apenas a ligação e o afecto peça diáspora. Quando fala, não consegue esconder o bom sotaque açoriano e foi na ilha de São Miguel que desenvolveu uma boa parte do seu percurso profissional. Alberto Mota Borges foi chefe da Divisão de Planeamento, Gestão e Controle da ANA Aeroportos de Portugal para a Região Autónoma dos Açores, na estrutura instalada no Aeroporto João Paulo II, em Ponta Delgada. Em 2015 deixou a ilha e descolou em direcção ao Algarve. Actualmente, é o novo director do Aeroporto Internacional de Faro e confessa que recebeu este cargo de braços abertos. “É o melhor projecto que eu poderia ter neste momento. Eu desenvolvo-o com muito entusiasmo, alegria e empenho. Todas as energias que eu tenho, concentro-as neste trabalho da melhor forma possível”. Desde que assumiu a direcção do Aeroporto de Faro, já anunciou novas rotas e prepara-se para fazer sempre melhores anos. Alberto Mota Borges quer voar mais alto e acredita que assim, consegue levar o nome de Portugal mais longe. “Eu consigo levar o nome de Portugal mais longe nas actividades que desenvolvo porque têm interacção com o estrangeiro. Procuro fazê-lo de uma forma profissional, leal, assertiva, preocupando-me sempre com o interesse geral e não com os interesses particulares ou específicos”. Acredita que o melhor reconhecimento que pode ter #é a satisfação das pessoas” e a convicção de que “elas estarão melhor no dia seguinte do que no dia anterior”. Durante o seu percurso, fez a preparação de crianças e jovens para provas de natação e semeou assim uma semente que já produziu resultados e melhorou a vida de alguns. “Ter amigos que hoje são nadadores é um prazer incrível e eles reconhecem que alguma coisa foi feita por eles”, afirma. Quando está fora de Portugal, “tenta aprender e ver o que de melhor se faz lá fora” e confessa que só sente falta da família e dos amigos. Afirma que “é preciso arriscar, aceitar os desafios que vão surgindo” e pede aos portugueses para acreditarem mais nas suas capacidades. “Nós temos as condições totais para ter sucesso em qualquer parte do mundo”. Aos 50 anos arriscou, mostrou que é possível ter sucesso em Portugal e colocou o mundo mais perto dos portugueses. Até porque os sonhos estão muitas vezes à distância de uma pequena rota de avião.