Sexta-feira, Outubro 11, 2024
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Portugueses de Valor 2020 – Nomeada Zita Morgado

Zita Morgado é natural de Usseira, em Óbidos, mas o seu percurso de vida tem sido passado maioritariamente em França. Emigrou com os pais tinha cerca de 10 anos, numa época marcada pela forte emigração portuguesa. Em Portugal completou a 4ª classe e era a menina da família, tendo a primeira neta a surgir, caindo em si toda a atenção e carinho. Destes tempos, recorda o bem-estar familiar e a união que os caracterizava. Os destinos da vida levaram a que Zita deixasse Óbidos e abraçasse uma nova realidade. Em França continuou os estudos e foi-se especializando em Contabilidade e Secretariado. “Tive algumas dificuldades porque não conhecia a língua, mas fui ultrapassando com o tempo”, refere. Assim que terminou a formação, procurou emprego e encontrou-o numa agência de viagens, que procuravam alguém que falasse a língua portuguesa. Zita Morgado preenchia os requisitos e assim se iniciou na área do turismo, com 17 anos de idade. Já casada, Zita tentou um regresso a Portugal, acompanhando o regresso dos pais e das irmãs, mas ao fim de 6 anos percebeu que teria de regressa a França e que o seu percurso seria efectivamente em terras gaulesas. Voltou a trabalhar na área do turismo até 1993, altura em que decide abrir a sua própria agência de viagens, actividade que mantém até hoje.


Confessa-se uma mulher com muitos sonhos, uns alcançados outros não, mas o maior de todos foi conseguir ser a sua própria patroa. “Sou independente, tenho liberdade de acção, e isso é muito bom”. Para si, o mais importante na vida é a honestidade, o bem-estar das pessoas que estão à sua volta e a sua família. “O meu maior núcleo é o estar junto dos que me são mais queridos”. Zita tem ainda tempo para a solidariedade, ajudando várias associações, sempre que assim é solicitada. Não esquece as suas origens e salienta que para si, ser portuguesa, é uma honra e um prazer. “Considero-me patriota porque, por exemplo, ensinei os meus filhos a falar português e penso que todos os emigrantes deviam fazer o mesmo. A todos os portugueses desejo muita felicidade e que tenham vontade de levar Portugal para a frente”.

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