Sexta-feira, Maio 23, 2025
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Joaquim Filipe: uma visão clara para um futuro mais justo

Joaquim Filipe, natural do concelho de Ourém, vive em França desde 1963. Aos 18 anos, emigrou em busca de melhores oportunidades e, com o tempo, construiu uma vida feita de trabalho árduo e muitas viagens. Hoje, com 80 anos, olha para o mundo com sabedoria e preocupação, fruto de uma vida vivida entre culturas e realidades distintas.

Joaquim Filipe: uma visão clara para um futuro mais justo
Joaquim Filipe: uma visão clara para um futuro mais justo

Com orgulho, recorda: “Viajei muito. Estive na China, Rússia, Brasil, África… percorri quase todo o mundo”. Foi essa vivência internacional que moldou a sua perceção sobre as grandes questões que afetam a humanidade. A sua conclusão é clara: vivemos num mundo desequilibrado, onde os interesses económicos se sobrepõem aos valores humanos.

A globalização e a promessa falhada

Desta forma, nos anos 2000, Joaquim Filipe acreditava na globalização como um caminho de justiça e dignidade para todos. Para ele, a verdadeira globalização deveria trazer harmonia e reduzir desigualdades. No entanto, a realidade revelou-se bem diferente. “Aconteceu o oposto do que esperava”, afirma com tristeza.

Em vez de solidariedade entre nações, observa um planeta cada vez mais dividido, marcado por guerras e tensões económicas. Exemplos como a guerra na Ucrânia ferem profundamente a sua esperança num mundo mais unido. “Não entendo como é possível que ninguém diga ‘basta’ com firmeza”.

O lucro acima de tudo

Joaquim lamenta também que o dinheiro tenha tomado conta das prioridades humanas. “Vivemos numa sociedade obcecada pelo lucro, esquecendo-se do essencial: saúde, respeito, justiça”. Estes valores deveriam estar no centro das decisões políticas e económicas. Em pleno 2025, ainda sente que a humanidade caminha no sentido contrário.

Além disso, denuncia o desperdício de recursos, que poderiam ser usados para ajudar os mais necessitados. Observa, portanto, decisões como o aumento de tarifas comerciais, que, segundo diz, alimentam tensões e colocam em risco a estabilidade global.

O desafio político e o papel da empatia

Joaquim Filipe mostra-se preocupado com a instabilidade política atual, agravada pelo crescimento da extrema-direita e pela ausência de diálogo verdadeiro entre líderes mundiais. “Falta visão coletiva. Cada país puxa a brasa à sua sardinha”. Esta falta de cooperação entre nações torna impossível qualquer planeamento a longo prazo.

Mesmo assim, acredita que a mudança é possível. Para isso, é essencial promover o diálogo, o entendimento e a empatia. “Só assim poderemos evitar conflitos, crises e desigualdades”. E conclui assim com uma mensagem de esperança: apesar das dificuldades, nunca se deve desistir de lutar por um mundo mais justo e equilibrado.

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