
À frente do Mosteiro de Alcobaça, a ALCÔA é muito mais do que uma pastelaria: é um santuário da doçaria conventual portuguesa. Desde 1957, esta casa preserva receitas seculares das freiras cistercienses, transformando ovos, açúcar e amêndoas em autênticos tesouros de sabor.
Há mais de 40 anos, Paula Alves e o marido lideram este legado com paixão e rigor artesanal.
“Vim ajudar o meu marido por seis meses e fiquei 42 anos”, conta Paula, entre sorrisos. O segredo da ALCÔA está nas mãos — tudo é feito manualmente, com respeito pela tradição. Ovos partidos um a um, gemas cuidadosamente passadas, tachos de cobre impecavelmente limpos. É uma arte de paciência, transmitida de geração em geração.


A cornucópia é o doce mais emblemático, mas todos os anos surge uma nova criação, apresentada na Mostra de Doces Conventuais de Alcobaça. “Inventar dentro de um mosteiro” — assim resume Paula o equilíbrio entre inovação e respeito pelas origens.
Um doce criado para o Papa Francisco
Em 2017, a ALCÔA levou os sabores de Alcobaça até Lisboa, com lojas no Chiado e no El Corte Inglés.

Ademais, no mesmo ano, a empresa viveu um momento histórico: foi a responsável pelos doces servidos ao Papa Francisco em Fátima.
O doce foi nomeado “Coroa da Abadessa”. E tem como simbolismo a esperança e união que o Papa Francisco tanto defendeu.
Por fim, há que referir que com as filhas já envolvidas no projeto, o futuro da ALCÔA está assegurado. Dessa forma, e para os portugueses no estrangeiro, esta casa continua a representar o sabor da memória, da família e das raízes — um pedaço doce de Portugal que nunca se esquece.