No coração do Douro, a produção de azeite extravirgem é uma tradição que une paixão, trabalho árduo e uma visão de futuro. Mário Martins, empresário e fundador do azeite “Lágrima Dourada”, e Álvaro Veiga, experiente lagareiro, partilham uma visão comum. Fazer deste azeite um produto de referência que celebra as raízes e a excelência da região.
Origem e inspiração
Embora o setor dos transportes seja o negócio principal deste empresário de Santa Comba, o azeite tornou-se um projeto especial.
Antes de mais nada, Mário Martins iniciou o “Lágrima Dourada” como uma homenagem ao seu pai e à cultura do Douro. Dedicou-se a produzir um azeite que reflete a tradição e qualidade desta terra. “Gosto disto. Foi uma coisa que o meu pai me transmitiu. E pelo amor ao meu pai, continuo a fazê-lo,” disse durante uma visita ao lagar Fábrica Douro.
Desde o primeiro ano, o “Lágrima Dourada” ganhou medalhas e reconhecimento. Desde que foi premiado no Concurso Nacional de Santarém em 2022, Mário reforçou a vontade em continuar a elevar a qualidade e a visibilidade da marca.
A importância da colheita
Para Álvaro Veiga, a qualidade começa com a colheita. Este ano, as condições climáticas alinharam-se perfeitamente para produzir uma azeitona de maturação ideal, algo que deixa o especialista otimista em relação ao azeite de 2024. “A maturação fez-se no momento certo e neste momento eu acho que temos um grande ano para termos grandes azeites de muita qualidade,” afirmou. Ademais, uma tempestade recente eliminou as azeitonas mais fracas, deixando apenas as melhores na árvore, o que Álvaro considera uma vantagem inesperada para a qualidade final.
Trabalho intenso para resultados premium
Álvaro enfatiza o rigor do processo: as azeitonas colhidas são rapidamente transportadas para o lagar e transformadas em azeite no prazo de 20 a 24 horas. Este cuidado permite conservar o frescor e a pureza do azeite. Nesse sentido, compara o processo a um “sumo de laranja”, cuja qualidade depende da rapidez do processo.
Por um lado, a Fábrica Douro, equipada com tecnologia de última geração. Por outro, isso permite a produção de azeite em grande escala. E ao mesmo tempo é capaz de manter um padrão rigoroso de qualidade. Álvaro, que também trabalha na produção de vinhos, revela que a época de colheita é exaustiva e exige total dedicação. “É complicado, não há feriados, não há sábados, não há domingos,” afirmou, referindo-se ao ritmo intenso desta época.
Crescimento e futuro do azeite “Lágrima Dourada”
Mário Martins pretende expandir a produção do “Lágrima Dourada” nos próximos anos e ambiciona triplicá-la, mantendo a mesma qualidade e dedicação.
“A minha expectativa é fazer ainda mais azeite do que fiz nos dois últimos anos,” comentou. O empresário está entusiasmado com o futuro do projeto e confiante na parceria com Álvaro.
Com a dedicação de Mário juntamente com a experiência de Álvaro, o “Lágrima Dourada” afirma-se como um produto de excelência. Sob o propósito de elevar o nome do Douro e promover a tradição do azeite português em novos mercados.