Nascido na pequena aldeia de Cunha, em Portugal, Germano Frias é um nome cada vez mais reconhecido no mundo das artes plásticas. Com um percurso que desafia as convenções tradicionais, Germano explora múltiplas formas de expressão artística, desde a escultura até às instalações efémeras.
Regresso às origens
Apesar de ter passar muito tempo fora de Portugal, Germano mantém uma ligação profunda com a sua terra natal. Divide o seu tempo entre França e a aldeia de Cunha, onde recentemente restaurou uma casa antiga para servir como seu ateliê e espaço expositivo.
Germano vê este retorno como uma oportunidade de contribuir para a sua comunidade, trazendo a arte para mais perto das pessoas e mantendo viva a sua conexão com as raízes culturais.
Recentemente, aquando do lançamento do livro Lídia – Unindo os Portugueses, doou algumas das suas obras à Câmara Municipal e à Gomes de Sá. Por um lado, as peças doadas refletem tanto a sua fase inicial, mais ligada à estatuária religiosa. Por outro lado, o seu trabalho mais recente, que explora formas abstratas e conceitos modernos.
Esta fusão de tradições e inovação é uma marca distintiva do seu trabalho, que busca constantemente redefinir os limites da escultura.
O papel do ensino no futuro da escultura
Como professor de escultura, Germano sente, acima de tudo, uma responsabilidade em transmitir a sua paixão e conhecimento às novas gerações. “A escultura é uma arte que exige muito tecnicamente, mas vejo um futuro promissor,” afirma. “Atualmente, há novas tecnologias e materiais que permitem uma maior inovação e acessibilidade. A juventude está preparada para isso.”
Quando questionado sobre o que o inspira a continuar a criar e ensinar, Germano é claro: “A vida de um artista é criar. Tentamos responder a perguntas que são nossas, únicas. E isso é o que me faz avançar, o desejo constante de explorar e descobrir.”