Moradores e comerciantes de Sintra estão descontentes com o turismo descontrolado. Exigem medidas contra o excesso de visitantes. Quer travar o excesso de turismo. Acusam-nos de causar o caos no trânsito, prejudicando a mobilidade e a segurança dos residentes na vila.
Para exigir medidas “sustentáveis” da Câmara Municipal de Sintra, no distrito de Lisboa, a associação QSintra iniciou um protesto com cartazes. Moradores e comerciantes estão a colocá-los nos edifícios. Principalmente nas zonas que são ponto de passagem para os turistas que diariamente se deslocam para o centro histórico.
Nesta manifestação visual lê-se que “a lotação está esgotada” em Sintra. E também que “não é a Disneylândia”, nem um “parque de diversões”. Reafirmam ser uma vila com um património classificado pela UNESCO, onde o excesso de turismo está a causar o caos nas ruas, prejudicando “residentes e visitantes” e que pode, em caso de acidente, por “em risco pessoas e bens”.
Sobre este assunto, a Câmara de Sintra remeteu a Lusa para um comunicado divulgado anteriormente, no qual assegurou que tem procurado adotar medidas de “equilíbrio” entre os benefícios do turismo e o seu impacto no centro histórico.
A autarquia recordou ainda que, além do condicionamento do trânsito no centro histórico, construiu um parque de estacionamento periférico. Tem 550 lugares junto à estação da Portela de Sintra. E ainda está a construir outros dois no Ramalhão, junto à principal entrada na vila. Um dos quais com 500 lugares e outro para viaturas e autocaravanas.
Em 2023, os Postos de Turismo de Sintra atenderam 522.176 turistas.