A Lusopress esteve nas comemorações do dia 10 de Junho, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas em Peso da Régua. A cerimónia contou com a presença das mais altas figuras do estado português. Para além de outras personalidades, conversamos com o Presidente da República que fez o tradicional discurso para as largas centenas de espectadores.
Este ano, o presidente da comissão organizadora das cerimónias do 10 de junho escolhido pelo Presidente da República foi um enólogo. João Nicolau de Almeida é uma das grandes figuras da região há algumas décadas. O enólogo foi fundador de algumas das principais marcas de vinho do Douro. O seu pai é o inventor do emblemático vinho português “Barca Velha”.
No tradicional discurso, o Presidente da República começou por fazer alusão às comunidades portuguesas na África do Sul, com as quais iniciou as celebrações do Dia de Portugal em Joanesburgo.
Marcelo Rebelo de Sousa elogiou também o carácter das gentes do Douro, a sua arte de fazer bons vinhos e a importância económica desta região. “O retrato do Portugal que queremos”, onde “os Pesos da Régua do nosso interior sejam tão importantes quanto as Lisboas, os Portos. O vinho do Douro projetou Portugal no mundo e continua a projetar, num tempo em que o crescimento e a justiça social que ambicionamos se fazem de investimento, de exportações de bens como esse vinho de excelência”, afirmou o Presidente da República.
Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que “não podemos desistir de criar mais riqueza, mais igualdade, mais coesão”. Usando a alma do Douro como exemplo, o Presidente da República terminou o discurso afirmando que é preciso “fazer de novo” para que Portugal seja eterno.No final do discurso, o Presidente da República guardou alguns minutos para falar em exclusivo para a Lusopress e as comunidades portuguesas.
Marcelo Rebelo de Sousa começou por enaltecer o papel da Lusopress, e em particular do seu fundador, Gomes de Sá, como difusores da cultura portuguesa e dinamizadores das comunidades portuguesas em todo o mundo.
“Antes de mais, queria enaltecer o trabalho do Gomes de Sá e a Lusopress que anda por todo o mundo a dar notícia daquilo que se passa nas comunidades portuguesas. As cerimónias correram muito bem, com um excelente discurso do Presidente da comissão organizadora do dia 10 de Junho, um homem que trabalha a vinha e conhece a sua importância. Em último lugar, este povo duriense é maravilhoso sendo a cereja no topo do bolo”, concluiu o Presidente da República.
A Lusopress esteve ainda à conversa com outras figuras presentes na cerimónia, entre elas: Luís Montenegro, líder do PSD, Pedro Pinto, deputado do Chega, Carlos Silva, Presidente da Câmara de Sernancelhe e Presidente da CIM do Douro. Luís Montenegro, líder do PSD, foi outra das personalidades políticas que marcou presença nas celebrações do dia 10 de Junho em Peso da Régua.
Em conversa com a Lusopress, o líder do maior partido da oposição mostrou-se empenhado em trabalhar para criar as condições económicas e sociais para que os portugueses, que estão espalhados pelo mundo, possam ter oportunidades em Portugal. “Nós queremos fixar, mais do que nunca, os jovens portugueses em Portugal.Queremos criar as condições para que possam estabelecer a sua vida neste grande país”, afirmou Luís Montenegro, líder do PSD.
Pedro Pinto, deputado do partido Chega, considera importante o dia 10 de Junho ter sido celebrado em Peso da Régua, numa região que tantas vezes foi “esquecida” pelos vários governos de Lisboa.
O deputado do Chega promete colocar os consulados portugueses a funcionar e diz que o seu partido tem estado junto das comunidades lusas. “Temos estado muito próximas de todas as comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo, em todos os continentes, tendo até já agendada uma viagem aos Estados Unidos da América e ao Canadá. Estivemos esta semana com os portugueses na África do Sul. Nós estamos do lado dos nossos emigrantes. Queremos criar um país, onde os portugueses que vivem no estrangeiro queiram voltar”.
Pedro Pinto deixou críticas às últimas eleições legislativas nos círculos eleitorais internacionais, que acabaram por ver os seus votos cancelados. “Aquilo que se passou nas últimas eleições foi mais uma trapalhada deste governo socialista. Nós somos a favor do voto eletrónico, mas queremos que ele seja devidamente regulado para evitar fraudes ou outras situações semelhantes”, finalizou o deputado.
Carlos Silva, Presidente da CIM do Douro, sente-se muito orgulhoso por a região do Douro ter sido escolhida para palco das cerimónias do dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. “É sempre um orgulho ter o rio Douro como palco da celebração de Portugal”. Carlos Silva citou o recado dado pelo Presidente da República no seu discurso: “Somos os melhores lá fora, saibamos sê-lo cá dentro”.