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Portugueses de Valor 2021: Nomeado Paulo Marques

De nome completo António Paulo Neves Marques, é conhecido e tratado por todos apenas por Paulo Marques. Nasceu a 13 de janeiro de 1970, em Champigny-sur-Marne, França. Tem uma vida implicada no movimento associativo, e essa ligação começou bem cedo.

Em 1973, os seus pais e a comunidade residente em Aulnay-sous-Bois criaram a Associação Cultura Portuguesa, e desses tempos ainda permanecem imensas e boas lembranças, recordações e saudades. Para além da associação, Paulo Marques destaca o Grupo Folclórico Rosa dos Ventos e o grupo de dançarinos RD Boys. Paulo Marques estudou em França, e logo com 19 anos foi candidato à câmara de Aulnay-sous-Bois, corria o ano de 1989. Conseguiu ser eleito em 1995 e desde então que exerce funções autárquicas.

Paralelamente, teve um percurso profissional bancário, tendo passado pelo Banco Borges & Irmão e também pelo BPI, na região de Paris. “Depois estive na Marconi França, como quadro comercial, mas sempre com a atividade pública na câmara de Aulnay, o que permitiu reforçar os meus laços com a comunidade portuguesa residente aqui em Aulnay-sous-Bois, mas também na região de Paris”.

Atualmente, exerce várias funções, entre as quais Maire-adjoint, presidente e fundador da associação Civica, conselheiro do território Paris, Terres d´Envol e presidente da comissão das adjudicações públicas do território. É ainda conselheiro das comunidades portuguesas e membro do conselho permanente, do conselho económico e social e do conselho de opinião da RTP.

Um dos sonhos de vida de Paulo Marques era precisamente ver vivo o movimento associativo português em França. A nível pessoal, destaca o casamento e os filhos. Confessa que tem sempre sonhos por cumprir, entre os quais uma melhor integração e interação entre Portugal e França. “Que haja um maior envolvimento da comunidade no dia-a-dia. Um dos sonhos era de haver cada vez mais autarcas, e conseguimos. De quatro mil em 2014, passámos a perto de 8 mil, em 2020, em municípios franceses”.

A sua vida assenta nos valores de família, trabalho e respeito. A ligação ao movimento associativo surge desde os três anos de idade. Primeiro com a Associação Cultura Portuguesa e depois com a criação da Cívica. Também a sua função como delegado da vida associativa lhe permite ter uma relação estreita com este setor.

Para si, “ser português significa falar português o melhor possível, saber e relembrar de onde nós vimos. O meu avô materno chegou muito cedo a França, e por isso temos esse dever de memória. É ter esse valor lusófono de descoberta, de amizade, de liberdade, mas também uma liberdade de olhar para o outro diferentemente”. Aos portugueses, pede que estejam atentos para as gerações futuras mantenham vivas as origens e tradições portuguesas.

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