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Conheça 5 cientistas portugueses reconhecidos e premiados internacionalmente


São milhares os portugueses reconhecidos pelo sucesso que nas mais diversas áreas, desde o desporto, política, empreendedorismo e música. A ciência não é exceção e, por todo o mundo, há cientistas e investigadores que põem Portugal no mapa e que enchem o país de orgulho.


São milhares os portugueses reconhecidos lá fora pelo sucesso que têm nas mais variadas áreas, desde o desporto, política, empreendedorismo e música. A ciência não é exceção e, por todo o mundo, há cientistas e investigadores que põem Portugal no mapa e que enchem o país de orgulho.

Conheça 5 cientistas portugueses altamente premiados e reconhecidos lá fora. 

 

Raquel Oliveira, Bioquímica

Foto: Roberto Keller via Expresso.

Raquel Oliveira é licenciada em Bioquímica pela Universidade do Porto e Doutorada em Biologia e Biomedicina Experimental pela Universidade de Coimbra. Distinguiu-se pelo seu trabalho sobre a influência da morfologia dos cromossomas na divisão das células e já passou pelo Instituto de Biologia Molecular e Celular, Porto, Universidade de Bayreuth, Alemanha, e Universidade de Oxford, Reino Unido. 

Regressou de Inglaterra em 2012 para se juntar ao Instituto Gulbenkian de Ciência e criar uma equipa de investigação em Dinâmica dos Cromossomas. O seu talento não tem passado despercebido e já ganhou vários prémios:  Prémio de Instalação pela Organização Europeia de Biologia Molecular (EMBO), o Prémio Revelação D. Antónia Adelaide Ferreira e ERC Starting Grant.

No fim do ano passado, o grupo de investigação de Raquel Oliveira, o ChromoSilence, recebeu uma bolsa do Conselho Europeu de Investigação (ERC – European Research Council) no valor de 2 milhões de euros, que vai permitir estudar a razão pela qual a leitura da informação genética é desligada durante o processo de mitose. 

 

Henrique Veiga-Fernandes, Neuroimunologia

Foto: Natacha Cardoso via Diário de Notícias.

 Henrique Veiga-Fernandes é formado em Medicina Veterinária pela Universidade de Lisboa. Mais tarde, rumou até Paris e, em 2002, doutorou-se em imunologia, onde estudou o funcionamento dos linfócitos. 

Continuou a estudar as células do sistema imunitário, desta vez em Londres, onde fez um pós-doutoramento. Foi aí que, pela primeira vez, se apercebeu da existência de moléculas específicas de neurónios nas células do sistema imunitário. 

Ganhou uma bolsa do ERC, mas isso não o fez parar. Em 2009, regressou a Portugal e foi para o IMM (Instituto de Medicina Molecular), onde fez uma grande descoberta: a de que há um diálogo permanente entre as células do sistema nervoso e as do sistema imunitário. Esta conquista valeu-lhe o prémio Allen Distinguished Investigator, no valor de 1,5 milhões de euros para três anos.  Além disso, já ganhou quatro bolsas do ERC e o prémio Pfizer 2020, o prémio mais antigo na área da investigação biomédica em Portugal. 

 

Isabel Ferreira, Química e Bioquímica

 

Foto: Diário de Trás-os-Montes

Isabel Ferreira é doutorada em Química e dedica-se à descoberta de novas moléculas nos cogumelos e plantas da região de Bragança. O seu trabalho no interior é tão reconhecido que, em 2019, assumiu funções como Secretária de Estado da Valorização do Interior. 

O currículo é vasto, assim como a lista de prémios e distinções:

  • Prémio Gulbenkian de Estímulo à Investigação Científica (2001)
  • Prémio Food I&DT (2011) 
  • Reconhecimento pela divulgação da ciência Portuguesa no Mundo e pela Agência Nacional Programa ao Longo da Vida pela coordenação do ERASMUS Intensive Program «Chemistry of Natural Products» (2013)
  • Distinção pela COTNH, na modalidade de cooperação internacional (2014) 
  • Mencionada pela Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica, no livro Mulheres na Ciência (2016)
  • Recebeu a medalha de mérito do município de Bragança (2017)
  • Mencionada nas publicações do Programa IACOBUS (2018, 2019) 
  • Recebeu da Comissão Europeia o prémio Europeu de Inovação Social (2019). 

Isabel Ferreira é considerada uma das investigadoras portuguesas mais influentes, e mais citadas, a nível mundial e já foi distinguida no índice Essential Science Indicators, um dos mais prestigiados indicadores da qualidade de investigação. A sua obra inclui 4 livros internacionais, 60 capítulos de livro, mais de 700 artigos científicos publicados e várias patentes nacionais e europeias.

 

Nuno Peres, Física

Foto: Universidade do Minho

 Nuno Peres é, atualmente, professor catedrático e vice-presidente da Escola de Ciências da UMinho. É também o primeiro físico português a dedicar-se à investigação do grafeno. Doutorado em Física, na Universidade de Évora, já passou pelos EUA, Alemanha, Finlândia e Singapura como professor visitante. 

Desde 2004 que o cientista investiga as propriedades electrónicas e ópticas de materiais 2D. O seu currículo conta com os prémios Gulbenkian Ciência, Seeds of Science e de Mérito à Investigação da Universidade do Minho. É membro da Academia das Ciências de Lisboa e da Sociedade Portuguesa de Física.

Em 2017, as publicações científicas de Nuno Peres foram as mais citadas em todo o mundo, segundo a lista 2017 Highly Cited Researchers da Clarivate Analytics. 

 

Caetano Reis e Sousa, Imunologia

Foto: Dave Guttridge/INSTITUTO FRANCIS CRICK

 Caetano Reis e Sousa nasceu em 1968 em Lisboa. 16 anos mais tarde mudou-se para o Reino Unido, onde terminou o secundário, estudou Biologia no Imperial College, em Londres, e fez o doutoramento em Imunologia, em Oxford. Mais tarde, voltou ao Reino Unido, onde liderou o grupo de investigação que estuda a forma como o sistema imunitário responde à presença de uma infeção ou ao desenvolvimento de um tumor.

O cientista português já recebeu diversos prémios e distinções, incluindo a Ordem de Sant’Iago da Espada, tendo sido um dos dois investigadores europeus distinguidos com o prémio Louis-Jeantet de Medicina 2017. 

Caetano Reis e Sousa é também o primeiro português a ser eleito membro da Royal Society britânica, tornando-se o primeiro em 200 anos a entrar como ‘fellow’ na academia de ciências britânica e a mais antiga do mundo. 

Já conhecia algum destes “cérebros” que enchem Portugal de orgulho? Conte-nos tudo! 

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