Vitor Martins nasceu no concelho de São Pedro do Sul e recorda, com nostalgia, a sua infância de aldeia. “Nascer e viver numa aldeia, na infância, é uma sorte e um privilegio, porque nos permite viver num meio calmo, tranquilo, onde toda a gente se conhece e acaba por ser bastante confortável e acolhedor para as crianças. Aprendi desde cedo a saber o que é a partilha e a solidariedade porque cresci com um irmão, e é importante recebermos estes valores em criança”. Vitor começou a trabalhar ainda enquanto estudava, com 23 anos, fazendo estágios de aproximação à vida activa. Fez o primeiro estágio no sector da banca, o que lhe permitiu descobrir o gosto pelo sector bancário. A partir daí procurou, enquanto estudava, novas oportunidades após esse estágio. Teve a sorte de entrar no Millennium BCP em 2005 onde esteve durante cinco anos. Começou como assistente de cliente, depois chegou a gestor de cliente empresas, que exerceu durante dois anos até ter a oportunidade de ir para França, em Janeiro de 2010. Ingressou no Banque BCP para desempenhar funções de animação de relação com o Millenium BCP, “numa altura onde se verificava uma nova vaga de emigração e era importante podermos dinamizar esta actividade. Exerci essas funções até fins de 2013, tendo depois assumido um cargo de direcção do Banque BCP, onde aqui me pude ocupar de tudo o que era distribuição, ou seja, rede de agências, canais digitais que temos à disposição dos clientes e também animar a rede comercial e as forças de vendas sobre diferentes elementos da nossa oferta”. Hoje, Vitor Martins está de regresso a Portuga para efectuar funções de marketing no Millenium BCP para a vertente diáspora. Tornou-se um profissional de referência, mas em criança teve ainda o sonho de ser piloto de aviões, que viu ser impossível de concretizar pelas vertigens que tem. Ainda assim, considera que o maior sonho que tem é ser feliz. “Será que já realizei? Penso que essa busca é eterna. Globalmente considero que sou uma pessoa feliz, mas na vida, com o tempo, vamos ajustando os objectivos, que considero diferentes dos sonhos. Fui cumprindo os objectivos, mas se me perguntar se chega? A resposta é não”. Sempre determinado na vida, foi base nos valores da “infância da aldeia” que pautou a sua vida: solidariedade, respeito, justiça, transparência e sinceridade. “Nunca esquecer de onde se vem, é uma frase que devemos cumprir, não basta afirmar. É importante ainda nunca esquecer o nosso lado humano. Nascemos todos na mesma forma, morremos todos da mesma forma, pouco importa o percurso que fazemos e os meios que temos”. Considera-se, no seu dia-a-dia, um Embaixador não oficial de Portugal, pelo orgulho que tem no seu país.
