Daniel Peixoto nasceu em França, mas o sangue que lhe corre é bem português: a mãe é natural da Póvoa de Varzim e o pai de Guimarães. Nasceu em 1989 em Tremblay-en-France, e as melhores recordações que tem da infância são das idas ao rancho, onde começou a participar com apenas cinco anos de idade. “A maior parte dos amigos que tinha eram de lá e eram bons momentos. Encontrava-se muitas pessoas e passava-se muitos momentos de convívio”. Estudou electricidade, mas os seus pais sempre foram a favor de continuar os estudos, o que levou a tirar uma especialização em ar condicionado. Trabalhou durante 12 anos para uma empresa enquanto engenheiro comercial em ar condicionado. Em 2019, decidiu parar esta actividade com o objectivo de montar o seu próprio negócio. “Quero, acima de tudo, que seja uma paixão. Não quero encarar como um trabalho e uma obrigação, quero ter prazer no que vou fazer diariamente”.
A sua ligação à comunidade portuguesa sempre foi forte pela pertença ao rancho, onde chegou a ensaiador com 19 anos e a presidente do grupo com 23 anos de idade, um dos mais jovens a consegui-lo. Sempre ajudou portugueses através da associação, em todos os aspectos que fossem necessários. “O rancho não servir apenas para dançar, era para ajudar”. Sonha, um dia, poder vir a abrir uma ONG para conseguir ajudar os mais idosos. “Quero contribuir ainda mais para o mundo”. Daniel Peixoto assenta a sua vida na justiça e na igualdade. “No mundo somos todos iguais, não há um melhor que o outro. Para além disso, há que respeitar os outros. Foi sempre isso que os meus pais me ensinaram”. Não nasceu em Portugal, mas isso não faz de Daniel menos português. “Adoro o povo português, sempre gostei da sua mentalidade, e adoro Portugal. Nas férias, quando passava a fronteira, chorava, sempre tive amor por Portugal, desde pequeno. Nasci em França, mas antes de tudo os meus pais são portugueses e o meu sangue é português”. Aos portugueses, Daniel Peixoto deseja muito amor e “que fiquem unidos porque o povo português sempre foi um povo alegre, que gosta de fazer festa, e devem manter-se para ir para a frente, ajudando-se uns aos outros”.