Emigrou para França depois do 25 de Abril, em Setembro de 1974, porque era natural de uma região desfavorecida, sem condições para singrar na vida. Tenta guardar a entidade portuguesa com a ideia de um dia regressar ao país. Sempre que teve oportunidade investiu em Portugal, mas acha que nunca foi reconhecido pelo trabalho que realizou até hoje. Para si, a maioria dos portugueses são patriotas e nostálgicos do país. Define os portugueses como trabalhadores, que se adaptam facilmente nos países de acolhimento e aponta o dedo ao seu individualismo.
Quanto a obras sociais, sente-se honrado por ter feito parte, durante doze anos, do Conselho Económico do Santuário de Nossa Senhora de Fátima em Paris. Na sua empresa, tem actualmente doze trabalhadores portugueses, dois dos quais com cerca de trinta anos de casa. Figura histórica tem uma admiração por Fernando Pessoa. Dedica-se a praticar golfe, uma das suas grandes paixões, e gostaria de conhecer todos os campos de golfe, do Minho ao Algarve. Expressa o desejo de que a comunidade portuguesa, nomeadamente em França, continue a evoluir positivamente, que os portugueses sejam mais unidos e que sejam orgulhosos dos êxitos dos compatriotas.