Segunda-feira, Maio 20, 2024
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Portugueses de Valor 2023: Nomeada Cristèle Alves Meira

Cristèle Alves Meira nasceu em França, mas sente-se muito portuguesa. Os pais são originários do Minho e de Trás-os-Montes, mas Cristèle cresceu em Montreuil, perto de Paris. Teve uma infância marcada por uma grande diversidade cultural, o que lhe suscitou uma curiosidade de descobrir o mundo. Sempre viveu no meio das duas culturas: portuguesa e francesa.

Desde cedo quis ser atriz e expressou a vontade de fazer teatro. Os seus pais sempre acreditaram e nunca puseram obstáculos e, por isso, fez uma formação na Universidade de teatro e cinema. Formada em representação, Cristèle Alves Meira iniciou sua carreira como diretora de teatro. Realizou depois um documentário em Cabo Verde, Som & Morabeza, e um em Angola, Born in Luanda, antes de abordar as curtas-metragens de ficção em Portugal: Sol Branco e depois Campo de Víboras, seleccionado na Semana da Crítica de Cannes, bem como a sua próxima curta-metragem, Invisível Herói. Cristèle dirigiu também Tchau-Tchau, a última curta-metragem.

Alma Viva é a primeira longa-metragem de Cristèle Alves Meira. O filme foi rodado em Trás-os-Montes, entre o misticismo e a memória afetiva. Foi um passo firme da cineasta franco-portuguesa. O filme foi apresentado em Cannes e escolhido para representar Portugal na corrida por uma nomeação ao Óscar de Filme Internacional. É a fazer filmes que é feliz e, por isso, quer continuar a trazer valores e ideias através de filmes. Cristèle Alves Meira tem também uma grande devoção pela ecologia, estando envolvida em associações ligadas ao ambiente. Sente-se mais portuguesa que francesa, tem uma paixão pelas suas origens, é algo que não consegue explicar. Para si, filmar é como regressar às suas origens portuguesas. “Cinema é uma forma de regressar a certas memórias”.

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