António Baptista emigrou com os pais para França quando ainda era pequeno. Tinha apenas 11 anos quando fez a mala, saiu da aldeia que o viu nascer e atravessou a fronteira com os pais e os irmãos. Em Paris formou-se e passou uma boa parte da sua juventude, mas com 27 anos decidiu voar mais longe e correu atrás do sonho americano.
Viajou até aos Estados Unidos, instalou-se no país e criou uma família para lá do Oceano Atlântico. “Dei mais um salto e vim para os Estados Unidos”, diz-nos. “O meu sogro encontrava-se na América e naquela altura tínhamos todos o sonho americano, aquela ilusão, por isso, decidi vir também”. Depois de passar algum tempo nos EUA, António Baptista ou Tony como é conhecido entre os amigos, começou a ponderar regressar à Europa, mas o sogro decidiu apoiá-lo na criação de um negócio e acabou por ficar. Hoje já tem filhos, netos e, apesar de continuar a adorar Portugal, reconhece que estes laços estabelecidos no continente americano tornam impossível qualquer regresso. “Portugal é sempre o meu país de sonho. É onde eu passo as minhas férias, onde fico bem porque sinto que é o meu país e sempre que tenho uma oportunidade vou para lá de férias”, diz-nos, “mas tive aqui os meus filhos, eles cresceram cá, hoje já tenho netos e reconheço que é impossível voltar”.