Segunda-feira, Maio 20, 2024
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Portugueses de Valor 2021: Nomeado Daniel Bastos

Daniel Bastos nasceu em 1980 em Fafe e é a partir daqui que tem desenvolvido um trabalho notório. Começou desde cedo por sentir uma grande ligação à sua freguesia, Cepães, que fica sensivelmente a quatro quilómetros do centro da cidade de Fafe. “Uma freguesia com alguma ruralidade, mas com também com indústria têxtil”.

Daniel assume que teve uma juventude muito marcada pela ligação aos avós maternos, pilares importantes na sua educação e formação. Estudou em Fafe e, em 1998, ingressou na Universidade de Évora, onde se licenciou em História, via ensino, sendo ainda hoje professor de História no Colégio João Paulo II, em Braga, um colégio de referência no distrito. Tirou, também, um curso de teologia, não por uma questão de vocação, mas para alargar horizontes ao nível cultural. “Quando regressei a Fafe, estive profissionalmente como assessor durante vários anos aqui no Município de Fafe, na área da cultura e educação. Estive também ligado algum tempo ao Museu das Migrações das Comunidades”. Durante esse período, Daniel Bastos fez ainda uma pós-graduação em Ética e Filosofia Política na Universidade Católica, em Braga, onde paralelamente foi consolidando um percurso na área da investigação e na edição de livros, onde tem colaborado, concebido e realizado, sobretudo na história na emigração portuguesa.

Daniel é ainda colaborador assíduo com vários orgãos de comunicação da diáspora portuguesa, em diferentes regiões do globo. Daniel Bastos valoriza a sua ligação às suas raízes e à sua terra. “Gosto e valorizo o facto de ter nascido em Fafe, sou muito apegado às pessoas, à terra e sobretudo à família. O meu maior sonho sempre foi constituir família, e é ter uma vida tranquila. Para além disso, tenho um percurso e um prazer enorme em poder trabalhar de perto com as comunidades portuguesas. Tenho o privilégio e sorte de, ao longo desta última década, conhecer, trabalhar, poder editar e lançar obras junto da comunidade portuguesa em França, no Luxemburgo, na Bélgica e, mais recentemente no Canada e também no Brasil. Permite-me ter uma perspectiva diferente sobre as comunidades portuguesas, porque tenho uma perspectiva e visão de terreno.

Sou uma testemunha de todo o trabalho e toda a mais-valia de que as comunidades representam para o nosso país”. É com base na generosidade, trabalho, dedicação e solidariedade que Daniel Bastos tem guiado a sua vida. “Estes valores, que procuro nortear na minha vida familiar e pessoal, também os consigo encontrar, e vou fortalecendo, nestes contactos que tenho com os nossos compatriotas espalhados pelo mundo”. Daniel Bastos é ainda uma pessoa com fortes ligações ao mundo associativo. “Já fiz voluntariado, quando andava na Pastoral Universitária, na Madeira, junto de crianças carenciadas. Já participei várias vezes na campanha do Banco Alimentar. Estou muito inserido no meio associativo local, onde também fui colaborador e onde dei aulas a título gracioso na Universidade Sénior do Rotary Club de Fafe e vou procurando dar o meu contributo a nível local. Também colaboro com um conjunto de várias associações, espalhadas pela diáspora, muito com meios de comunicação social, como é o caso da Lusopress, que é um meio de comunicação social relevante em França. Recentemente, tive oportunidade de visitar o Museu da Emigração Açoreana, na ilha de São Miguel e fui convidado a fazer parte da associação”.

É grande a ligação às suas raízes e, por isso, sente um grande orgulho e honra em ser português. “Tenho orgulho nas raízes, na cultura, na história e na língua do nosso país, de uma forma cosmopolita, aberta, no sentido em que a história e o passado do nosso país rico deve projectar aquilo que é a construção do nosso presente e a afirmação do nosso futuro”. Daniel deixa ainda uma palavra de apreço para os compatriotas que estão espalhados pelos quatro cantos do mundo, pelo desenvolvimento que têm dado ao país e às suas terras.

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