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Portugueses de Valor 2020 – Nomeado Agostinho Fonseca Santos

Agostinho Fonseca dos Santos é natural de Freches, uma aldeia pertencente ao concelho de Trancoso e da qual ainda hoje guarda muitas recordações da infância. “Lembro-me quando a catequista me interrogou eu saber dizer o catecismo todo. Assim como quando fui realizar o exame da escola primária a Trancoso, eu fiz o meu e ainda ajudei os meus colegas”, conta. Pequenas memórias de uma infância bem diferente da actualidade. Agostinho nasceu em 1948 e quando saiu da escola foi aprender a profissão de alfaiate, tendo começado a trabalhar por conta própria com 18 anos. Até aos 22 anos foi esta profissão que o ocupou, andando pelas ruas de Trancoso à procura de clientes, com sucesso. Seguiu-se o serviço militar obrigatório e o casamento, altura em que decide mudar de actividade. Juntamente com a esposa, Maria da Conceição Belo Plácido, iniciam a actividade de abate e comercialização de carne de porco, enchidos e presuntos nas principais feiras e mercados da região. “Tivemos o primeiro carro isotérmico da região, naquele tempo ainda não havia. Daí para cá, com as exigências do Governo, resolvemos vir para a cidade de Trancoso na década de 90, onde implementamos a Salsicharia Trancosense, passando depois a ser conhecida por Casa da Prisca”. Hoje é um nome reconhecido nacional e internacionalmente, muito pela dinâmica que os filhos de Agostinho implementaram ao negócio.


Agostinho sempre foi um homem dedicado ao trabalho, por isso os grandes sonhos nunca tiveram lugar na sua vida. “Com o trabalho que realizei, penso que me saí sempre muito bem e estou feliz pela comparticipação que tenho dado à Casa da Prisca”. Ainda hoje, já reformado, Agostinho está todos os dias na loja da Casa da Prisca localizada no centro de Trancoso. Os seus sonhos hoje continuam a misturar-se com a actividade profissional: “quero uma Prisca mais forte, mais dinâmica, mais internacional e que talvez possa desenvolver projectos de turismo que ainda estejam por concretizar”. Para si a honestidade é a base de tudo. E conta um exemplo: “uma senhora comprou-me um presunto no mercado de Penedono. Passado uma hora estava a duvidar de mim em relação ao peso. Caiu-me mal, mas certifiquei-me que estava errada. Ela achava que os feirantes eram todos uns aldrabões. A maior prova honestidade que me deu foi nunca mais deixar de ser minha cliente, porque acabou por acreditas em mim. Honestidade sempre acima de tudo”. Agostinho também esteve sempre ligado ao mundo associativo, tendo passado pela Banda Musical de Freches, pelos bombeiros, pela Cooperativa de Freches, pelos Cursos de Preparação Matrimonial e ainda fazendo parte de campanhas eleitorais. “Fiz muito por mim, mas sempre me preocupei com os outros”. Orgulha-se de ser português, e por pertencer a um dos países mais seguros do mundo. “A todos os portugueses desejo felicidade e que o mundo seja cada vez melhor”.
 

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