Portugal pretende reformular o sistema de agendamento de vistos. Desta forma, o Governo procurará acabar com as dificuldades em ter vagas que se verificam em vários serviços consulares. Um anúncio feito pelo primeiro-ministro em Cabo Verde.
O tema surgiu durante a primeira visita oficial do Primeiro-Ministro a Cabo Verde. Luís Montenegro foi abordado na rua. por um cabo-verdiano que pediu as fronteiras abertas, porque há pessoas como ele que querem trabalhar e pensam em Portugal como um destino.
Portugal quer reformular agendamento de vistos primordialmente para resolver os problemas em Cabo Verde e, também, no resto da rede consular.
Por outro lado, José Cesário, secretário de Estado das Comunidades detalhou que “o modelo vai ser mudado” para os vistos nacionais. Isto é, o atual agendamento online “não vai acabar, vai continuar até haver condições tecnológicas. Nomeadamente através da adoção de novos mecanismos de reconhecimento facial”.
Portugal quer reformular agendamento de vistos
Governo deixa Cabo Verde prometendo mais serviços para portugueses
Os serviços consulares vão passar a servir os portugueses residentes em todas as nove ilhas habitadas de Cabo Verde de forma itinerante, anunciou o primeiro-ministro no final da visita oficial.
“Vamos tentar dar alguma resposta ao solicitado pelos portugueses espalhados pelas ilhas deste arquipélago. E que também têm apresentado algumas necessidades”, referiu Luís Montenegro, durante um encontro com a comunidade.
vou dialogar muito” com os portugueses na diáspora
José Cesário, secretário de Estado das Comunidades
No que respeita às comunidades portuguesas, vão ser feitas “permanências consulares nalgumas ilhas”. Este procedimento será possível através da utilização de ‘kits’ de equipamento móvel para atos administrativos, através de Internet. Conforme um roteiro a ser estabelecido pela embaixada portuguesa em Cabo Verde, explicou José Cesário, secretário de Estado das Comunidades.
“Eu vou dialogar muito” com os portugueses na diáspora, disse, acompanhado pelo Conselheiro das Comunidades, classificado como “um parceiro essencial”.
Escutar as necessidades de Cabo Verde faz parte de um rol de visitas a realizar por José Cesário. Nesse sentido, o governante admitiu “servir os portugueses e servir aqueles que mais se relacionam com os portugueses, que são os povos da lusofonia”.
Cimeira entre Cabo Verde e Portugal
No balanço da visita a Cabo Verde, Luís Montenegro disse estar satisfeito com o entendimento entre os dois governos. Além disso, o Primeiro-Ministro reconheceu que “o percurso dos últimos anos foi bom”.
“Não tenho nenhum problema em dizer isto de forma absolutamente tranquila. Mas há um governo novo em Portugal”, realçou e admitiu querer “ir mais longe”. Com o intuito de aprofundar mais este relacionamento.
“Portugal investe hoje na qualificação dos recursos humanos de Cabo Verde, o que é bom quando utilizados aqui no território. Mas também é bom quando vão para Portugal”. Palavras do chefe do executivo a propósito da área de formação, visto que é uma das que concentra a Cooperação Portuguesa.
Montenegro classificou a relação como “um fator de competitividade” que interessa aos dois países.
“Além de todo o percurso da nossa história e da partilha cultural, hoje podemos ter uma interação política e económica que depois se reflete na vida das pessoas”, concluiu.
Lusa