José de Sousa Gonçalves nasceu a 16 de dezembro 1963, no Funchal, ilha da Madeira. São poucas as recordações que tem de Portugal, porque chegou a França com dois anos de idade, e nunca voltou ao Funchal. Só aos 18 anos regressou, pela primeira vez, a Portugal, e foi à cidade da Póvoa de Varzim.
Teve uma juventude foi muito difícil, marcada pelo intenso trabalho dos pais. “Os meus pais trabalhavam muito para nos alimentar”. Um dos valores que aprendeu foi de valorizar o trabalho. Teve de sair da escola aos 16 anos e começou a trabalhar três dias depois. Trabalhou até chegar a responsável de operações da empresa. Depois tornou-se patrão por conta própria, e já lá vão mais de 20 anos para erguer a ‘pequena’ empresa que tem hoje. O seu percurso é marcado pelo respeito, pela responsabilidade e dedicação ao trabalho.
Os sonhos que já alcançou na vida foi ter os filhos e educá-los dentro da Lei e do respeito. Hoje, pretende continuar a viver em felicidade familiar e manter a capacidade profissional para dentro de 5 ou 6 anos deixar uma empresa com fundações sólidas. É um homem simples e creia que representa bem os seus compatriotas. Trabalha muito e respeita os outros. Quer transmitir os conhecimentos e a experiência que tem àqueles que o rodeiam, nomeadamente aos jovens para combater a pobreza que ainda existe em França.
Patrocina várias associações de apoio à infância, ligadas ao desporto e ao social, para não deixar as crianças à deriva na rua, sozinhas. Para si, ser português é complexo. Carrega o seu nome com muito orgulho, nunca o escondeu, mas como chegou a França aos dois anos de idade, foi este país que lhe deu e ensinou tudo. “Portanto, não o posso denegrir. O meu exemplo tonto é este: num jogo de futebol Portugal x França, apoio Portugal, mas se for para morrer com armas na mão, morrerei pela França. Sou franco-português com orgulho, nasci em Portugal, mas antes de tudo, ser francês é o que mais me caracteriza. A mensagem que deixo aos portugueses e a todos os homens da Terra é que acreditem no destino. Vão à luta, nunca desistam e nunca se deixem vergar”.
