As remessas dos emigrantes subiram 2,4% no ano passado, para 3.985 milhões de euros, batendo novamente o recorde, enquanto as verbas enviadas pelos estrangeiros a trabalhar em Portugal cresceram 7,39%, para 570 milhões.
Mais dinheiro enviado do estrangeiro
De acordo com os dados do Banco de Portugal, os portugueses a trabalhar no estrangeiro enviaram 3.985,57 milhões de euros no ano passado, o que representa uma subida de 2,4% face aos 3.892,26 enviados em 2022.
Como é habitual nos últimos anos, as remessas de emigrantes bateram novamente o recorde no ano passado, já que em 2021 o valor enviado pelos trabalhadores portugueses no estrangeiro foi de 3.707,77 milhões de euros.
Quase metade do dinheiro vem de Angola
Os emigrantes nacionais a trabalhar nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) enviaram no ano passado 312,76 milhões de euros. Isto representa uma redução de 1,36% face aos 317,06 milhões enviados em 2022, mas ainda assim bem acima dos 260,55 milhões enviados em 2021.
Como é hábito, os portugueses a trabalhar em Angola representam a quase totalidade destas verbas. Enviaram 303,55 milhões de euros, o que representa uma queda de 1,65% face aos 308,4 milhões enviados em 2022 para Portugal.
Aumento de mão de obra estrangeira em Portugal
Em relação aos estrangeiros a trabalhar em Portugal, o valor enviado para os seus países de origem no ano passado foi de 570,19 milhões de euros. O que mostra uma subida de 7,39% face aos 530,96 milhões enviados em 2022. Por outro lado, está acima dos 504,17 milhões enviados em 2021. Dados que confirmam a tendência de aumento da mão de obra estrangeira em Portugal.
Entre eles, destaque para os trabalhadores brasileiros em Portugal. Estes enviaram praticamente metade do total das remessas, com 281,35 milhões de euros. Tal mostra um aumento de 8,42% face aos 259,49 milhões enviados em 2022 e dos 239,34 milhões de euros enviados em 2021 para o Brasil.
MBA // JMC (Lusa)
